PLANO DE TREINO
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Por muitos planos que faças, os imprevistos acontecem. Nesses momentos, ter um fundo de emergência pode fazer toda a diferença. Já tens um?
Ter algum dinheiro de parte, para ajudar em situações imprevistas, que podem acontecer a qualquer um, em qualquer momento, é algo que todos devíamos ter. E os últimos meses têm-nos vindo a demonstrar o quão é fundamental ter um fundo de emergência: muitas pessoas estão em lay-off ou perderam mesmo o trabalho.
Os problemas económicos são um desafio no presente e prevê-se que continuem a ser no futuro. E isto leva-nos a repensar toda a nossa vida financeira, pois ter algum dinheiro de parte que ajude em momentos inesperados é um verdadeiro descanso.
E mesmo que tenhas um emprego seguro e um bom salário, ninguém sabe o que vai acontecer amanhã. Além disso, um fundo de emergência pode também ajudar-te a juntar dinheiro que te permita realizar alguns sonhos ou comprar alguns bens que consideras relevante.
POR QUE MOTIVO É IMPORTANTE TER UM FUNDO DE EMERGÊNCIA?
Trabalhadores independentes, empreendedores ou empresários são quem mais se poderão preocupar com este assunto. Mas, na verdade, os problemas não acontecem só a determinadas pessoas, nem avisam antes de chegar. E podem ter diversas origens.
Desemprego
Este é provavelmente o cenário mais comum que pode levar à necessidade de recorrer ao fundo de emergência. E se há estados profissionais mais suscetíveis à instabilidade, ninguém está livre de perder o emprego.
Problemas de Saúde
Não é algo em que queiramos pensar, de modo a não atrair más energias. Todavia acontece e ninguém fica imune a uma doença que pode afetar os rendimentos.
Casa
Quem nunca teve um cano furado ou se deparou com eletrodomésticos avariados? Pois, é mais comum do que parece. E isso pode afetar severamente o orçamento mensal. Nesse sentido, ter um pé de meia considerável para estas situações é menos uma dor de cabeça.
Carro
Ter um carro é uma grande ajuda nos dias de hoje, que te facilita as deslocações para todos os teus compromissos pessoais e profissionais. Mas isso não fica de graça, verdade? Seja um acidente, seja uma avaria, os problemas com o carro são uma realidade e podem ser um susto grande. Mais vale estar prevenido.
COMO CRIAR UM FUNDO DE EMERGÊNCIA, PASSO A PASSO
Um fundo de emergência não significa colocar só dinheiro de lado e achar que estamos orientados. É melhor fazê-lo do que não poupar nenhum, é certo, mas há que ter algum rigor, pois é um compromisso importante a ser assumido.
1. Regista as Tuas Despesas Mensais e as Receitas
Abre um documento Excel e regista o teu rendimento e todas as tuas despesas fixas mensais, as despesas essenciais e as despesas mais supérfluas.
No caso de pagamentos anuais, como pode ser, por exemplo, o seguro do carro, então dividir o valor total por doze e terás o gasto mensal correspondente a essa despesa.
2. Reduz Despesas
Ao teres todas as despesas registadas será mais fácil ver onde podes cortar ou até diminuir, como, por exemplo, através da mudança de fornecedor de luz ou telecomunicações.
3. Calcula o Valor do Fundo de Emergência
A maior parte dos especialistas em finanças pessoais recomenda que o fundo de emergência corresponda a seis vezes o valor das despesas mensais. Por isso, se tiveres despesas que sejam de 750 euros mensais, então, deves ter sempre disponível uma almofada financeira de 4.500 euros.
No caso de trabalhadores por conta própria, é aconselhável que possuam uma reserva que cubra 12 meses de despesas, o que, neste caso, seria de 9.000 euros.
4. Paga-te a Ti Primeiro
Há quem espere pelo final do mês para ver o dinheiro que sobrou e o que pode poupar. Mas deves fazer exatamente o contrário: pagar-te a ti primeiro, que é, como diz, colocar dinheiro na poupança assim que receberes o teu salário.
Aliás, atualmente, já existem muitos bancos que permitem criar ordens automáticas, por isso, ativa-as e é a garantia de que nunca te esqueces de poupar dinheiro. E bem sabemos que o valor ideal de fundo de emergência é elevado e que pode demorar algum tempo até o alcançar, mas começa o quanto antes e com o valor mensal que te faça sentir confortável, nomeadamente entre 5% a 10% do teu rendimento mensal.
Existe ainda outro truque para poupar mais dinheiro: se recebes o subsídio de alimentação em Cartão de Refeição, utiliza-o como uma espécie de mealheiro. Gasta o seu valor na totalidade, sem problema, mas deves, igualmente, transferir esse valor para a conta poupança.
Poupar hoje, para salvaguardar o amanhã é UP!