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Um ano passou desde que entrámos no primeiro confinamento e tanto aconteceu. Estudo revela que a fadiga da pandemia atinge 6 em cada 10 pessoas.
É uma nova expressão, fruto dos tempos que vivemos, mas que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde já atinge 60% da população mundial. A fadiga da pandemia refere-se ao “cansaço e ao sentimento de sobrecarga por nos mantermos constantemente preocupados e vigilantes durante estes meses de pandemia, cumprindo restrições que provocam alterações na nossa vida.”
A pandemia por COVID-19 tem vindo a exigir já há mais de um ano uma capacidade extraordinária de adaptação, que faz com que nos sintamos saturados desta situação, impacientes e até sem sentido de motivação mesmo para fazer coisas que, habitualmente, nos deixam felizes.
Fomos obrigados a confinar durante vários meses, a adotar novos comportamentos, a seguir regras que pensámos só existir em filmes dramáticos, mas que passaram a fazer parte do nosso dia a dia – e continuarão a fazer durante mais alguns meses.
Enquanto não sabemos quando tudo isto irá terminar, é perfeitamente natural que haja cada vez menos vontade em seguir as orientações e os comportamentos de proteção em relação a nós próprios e aos outros. Afinal ninguém quer ter a vida limitada, continuar a fazer sacrifícios efetuados, a perder de rendimento ou até mesmo o emprego. Isto deixa qualquer um farto. Não és o único a sentir-se assim.
É, então, devido à fadiga da pandemia que a nossa compreensão do risco provocado pela COVID-19 pode, de facto, diminuir. A comprová-lo temos o cenário natalício, de maior flexibilidade de cuidados, a partir do qual os números de infetados e mortos aumentaram de forma exponencial.
A piorar, temos ainda a questão da desinformação, seja ela falsa ou contraditória, que pode dar origem a opiniões e comportamentos extremistas.
Dicas para Lidar com a Fadiga da Pandemia
Ainda assim, e por muito que já estejamos habituados a esta rotina, tal não significa que a aceitemos de bom grado – é por isso que a fadiga da pandemia é um problema real. Nesse sentido, a Ordem dos Psicólogos deixa algumas dicas para que te ajudar, dia após dia.
É importante continuar a fazer a nossa vida da forma mais normal possível, procurando continuar a fazer atividades que nos ajudem a sentir bem e feliz.
Como tal, deves continuar a cuidar de ti, ainda que te falte a vontade. Continua a fazer desporto, porque este é um dos pilares essenciais para um estilo de vida saudável e para manter a tua saúde mental. Além de poderes treinar em casa com a UP TV, daqui a nada já estaremos novamente todos juntos no teu clube habitual. E mal podemos esperar por esse momento.
Acredita na tua capacidade para lidar com esta situação, afinal, já convivemos há um ano com a pandemia, durante a qual enfrentamos momentos muito difíceis. Lembra-te do que te ajudou a ultrapassar essas fases mais complicadas e usa essas estratégias ou adapta-as para ultrapassar cada momento difícil.
Isto implica que estejas particularmente atento às tuas emoções, pensamentos e sentimentos, porque podes ter flutuações de humor e motivação – há dias melhores e outros nem por isso.
Até lá, continua a fazer mais atividades que te deem prazer, como ler, ouvir música, ver uma série ou um filme.
Com esta atitude positiva, estarás, igualmente, a desenvolver a tua resiliência, uma capacidade fundamental para enfrentar o complexo mundo atual e todos os papeis que nele desempenhamos.
E enquanto não atingimos a desejada imunidade de grupo, não te esqueças que há cuidados que devemos mesmo continuar a ter: usar máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento físico.
Fonte:
Ordem dos Psicólogos: COVID-19 Fadiga da pandemia