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A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que leva a uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções, principalmente memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento.
Em consequência também há alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, o que faz com que todas as atividades diárias, mesmo as mais simples, se tornem muito complicadas. É um estado irreversível, visto que quando se perde uma capacidade, raramente se consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la.
O nome desta doença deve-se a Alois Alzheimer, médico alemão que, em 1907, descreveu pela primeira vez a doença.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Numa fase inicial, os sintomas de Alzheimer podem ser muito subtis e começam por aqueles que todos conhecemos, e que até muitos de nós que não têm a doença também sente: lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano. Poderão também estar associados a quadros de stress e cansaço, porém, a sua continuidade e agravamento significa que as células cerebrais estão, de facto, a degradarem-se e a comunicação entre estas fica alterada.
Existem ainda outros sintomas mais característicos e direcionados:
* Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;
* Apresentação de um discurso vago durante as conversações;
* Perda de entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
* Demorar mais tempo na realização de atividades de rotina;
* Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos ou com quem tem contacto constante;
* Incapacidade para compreender questões e instruções;
* Deterioração de competências sociais;
* Imprevisibilidade emocional.
Naturalmente que nem todos os doentes enfrentam todos estes sintomas. Depende das áreas cerebrais afetadas, bem como do ritmo de evolução da doença. O que se sabe mesmo é que existe uma deterioração ao longo do tempo e, pelo menos para já, irreversível.
O QUE PROVOCA A DOENÇA DE ALZHEIMER?
Além das pessoas que desenvolvem a Doença de Alzheimer Familiar (cerca de 5 a 15% dos casos afetam pessoas com antecedentes familiares), não se conhece o motivo pelo qual uma pessoa desenvolve a doença e outra não.
A investigação ainda é muito inconclusiva e os fatores de risco poderão estar associados a fatores ambientais, perturbações bioquímicas e processos imunitários. Mas nada é certo.
Então, Quem É Mais Suscetível?
Entre 60 a 80% dos idosos, a causa da demência é a doença de Alzheimer. É rara a sua existência em pessoas com menos de 65 anos de idade. E quanto mais avança a idade, maior a probabilidade de aparecimento da doença:
* 65 a 74 anos: 3%
* 75 a 84 anos: 17%
* 85 ou mais: 32%
Além disso, a Doença de Alzheimer afeta mais as mulheres do que os homens, principalmente devido ao facto de as mulheres viverem mais tempo, genericamente.
Como É Feito o Diagnóstico?
Os sintomas já referidos progridem de tal forma que as pessoas não podem realizar determinadas tarefas sozinhas, tornando-as totalmente dependentes. Assim sendo, os médicos baseiam o diagnóstico nesses sintomas e resultados de um exame físico, mental e de estado, bem como exames de sangue, de urina e por imagem (TAC e ressonância).
Existe Tratamento da Doença de Alzheimer?
O tratamento envolve estratégias para prolongar o funcionamento pelo maior tempo possível e pode incluir medicamentos que ajudam a retardar a progressão da doença, mas não a cura. Sendo que são maioritariamente tratadas a dor e outras doenças ou problemas de saúde, que podem afetar a população com Alzheimer.
Ainda assim há algo muito importante a considerar que são as medidas de segurança e apoio e que englobam o apoio familiar e da comunidade. A casa deve ser adaptada para facilidade a mobilidade, especialmente na casa de banho e quarto. Mas também podem ser ponderados apoios adicionais, como uma pulseira com GPS ou um botão de pânico.
Fontes:
Alzheimer Portugal – Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer
MSD Manuals – Doença de Alzheimer